
Na última sexta-feira (01), Isis Valverde emocionou o público no Conversa com Bial — não por um novo papel ou tapete vermelho, mas pela lembrança tocante de quem a viu sonhar primeiro: seu pai, Rubens.
A atriz, que saiu de Aiuruoca, cidadezinha mineira com pouco mais de quatro mil habitantes, contou com carinho e olhos marejados como o pai, mesmo a amando incondicionalmente, não acreditava que ela conseguiria vencer na carreira artística:
“Meu pai não odiava que eu fosse atriz, pelo contrário.
Me apoiava, me amava incondicionalmente. Mas dizia: ‘Minha filha, você é de Aiuruoca... Já viu o tamanho do Brasil? Da Globo? Acha mesmo que vai sair daqui, ir pro Rio e conseguir um papel? Não tem como.’”
Mas teve.
Isis atravessou distâncias, medos e expectativas — e transformou aquela dúvida amorosa em combustível. Hoje, ela é um nome consolidado da dramaturgia nacional, mas mantém intacta a ternura por suas raízes. Com a delicadeza de sempre, mostrou que o impossível só existe até que alguém prove o contrário.
E foi exatamente isso que ela fez.
Por: Edu Coutinho

Edu coutinho é o idealizador do Portal Resenhando e colunista principal