Cultura e Tradição Tomam Conta do Centro de Vitória com o Projeto Patrimônio Vivo

Entre batuques, saberes e muita emoção, o Projeto Patrimônio Vivo reuniu mestres da cultura popular capixaba no coração da capital. Um encontro inesquecível na Praça João Clímaco!

Foi sob o charme histórico da Praça João Clímaco, coladinha ao Palácio Anchieta, que a capital capixaba viveu um fim de semana inesquecível. Nos dias 23 e 24 de agosto, Vitória abriu espaço – e o coração – para celebrar o melhor da cultura popular do Espírito Santo com o Projeto Patrimônio Vivo. 

O evento reuniu 20 manifestações culturais de tirar o fôlego, em um verdadeiro encontro de saberes, ritmos, cores e histórias.

Entre mestres e mestras da tradição, representantes de festas populares, expressões religiosas, música e dança, o que se viu foi uma festa de ancestralidade e resistência. Com entrada franca, o público foi presenteado com apresentações artísticas, rodas de conversa, oficinas e vivências que valorizaram o que há de mais autêntico na identidade capixaba.

Quem passou pelo evento viu de perto nomes que fazem história: o Baile de Congo de São Benedito de Conceição da Barra encantou com sua força e simbologia; o tradicional Ticumbi emocionou plateias; e o cortejo da Banda de Congo Amores da Lua fechou o domingo em grande estilo, com energia contagiante.

Na abertura oficial, o destaque foi o encontro entre a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES) e o Caxambu Santa Cruz do Quilombo de Monte Alegre, em uma fusão de erudição e ancestralidade que arrancou aplausos calorosos.

E quem roubou a cena nos bastidores foi o presidente do Instituto Raízes, Victor Faria, que fez questão de circular entre os grupos e conversar com o público. Em suas palavras: “Mais que um evento, o Patrimônio Vivo é um espaço de troca e fortalecimento das nossas raízes”.

O projeto, que conta com investimento de R$ 702,7 mil por meio da Lei Paulo Gustavo, é uma realização do Governo do Estado, via Secult, em parceria com o Instituto Raízes, e tem como missão registrar, preservar e exaltar a riqueza do patrimônio imaterial capixaba.

No domingo, a programação começou cedo, com as Rodas de Saberes que ocuparam a praça com danças, cantos, artesanato e espiritualidade – um verdadeiro mergulho nas tradições de diferentes territórios do Espírito Santo.

Com charme, sensibilidade e muito respeito às tradições, o Projeto Patrimônio Vivo provou que a cultura capixaba pulsa viva e merece todos os holofotes. Que venham as próximas edições!